sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Oficinas gratuitas de contação de Histórias - em Divinópolis/MG

Coordenação: Juvenal Bernardes - contador de histórias

Inscrições: juvenalbernardes@gmail.com     Informações: (37) 3215- 6921 ou 8815-9122



terça-feira, 6 de novembro de 2012

CD No tempo em que os bichos falavam


No tempo em que os bichos falavam é o primeiro CD do contador de histórias (também ator e palhaço - o Picolé) Glauter Barros, de Angra dos Reis/RJ.  O CD, que traz  7 histórias e duas músicas, tem participações especiais de Bia Bedran, Benita Prieto, Jujuba & Ana Nogueira e Zé Bocca. 

Um trabalho muito bem feito que tem agradado em cheio às crianças. As histórias são entremeadas com belas canções, e tudo é muito bem produzido.

Quem quiser adquirir esse belo material, pode pedir pelo e-mail glauterpicole@ig.com.br, pelo telefone (24) 8823-9262 ou pelo facebook do Glauter  pelo preço de R$ 20,00 (+ despesas de envio pelo correio, que fica em torno de 6 reais).

Vale a pena!!!


A língua (Uma história para você!)


Há mais de dois mil e quinhentos anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo. Ele era corcunda, feio mas com uma sabedoria única no mundo.
Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:
-Toma, Esopo. Aqui está uma sacola cheia de moedas de ouro, corre ao mercado e compra o que há de melhor no mundo para um banquete.
Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por um fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso: - Ah, língua!
_ Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?

O escravo, de olhos baixos, explicou a sua escolha:

_ O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave da ciência, o órgão da verdade e da razão, graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura e da compreensão. Com a língua se ensina, com a língua dizemos "sim", com a língua dizemos "eu te amo"! O que pode haver melhor do que a língua, senhor?
O mercador levantou-se entusiasmado:
_ Muito bem, Esopo! Realmente me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacola de moedas e traga o que há de pior, pois quero testar a sua sabedoria.
Depois de algum tempo, Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador descobriu o prato e ficou indignado:

_ O quê? Língua? Outra vez? Não disseste que a língua era o que havia de melhor?
E Esopo respondeu ao mercador:

_ A língua senhor é o que há de pior no mundo, é a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões... É a língua que separa a humanidade, que divide os povos, a língua é o órgão da mentira, da discórdia, da guerra. É a língua que insulta, que corrompe. Com a língua dizemos "não" e "eu te odeio". Aí está, senhor, por que ela é a pior e a melhor de todas as coisas do mundo...

Como sempre, cabe decidirmos se usaremos ela para o bem ou para o mal.